Livro
Autora: Goimar Dantas
GÊNERO: Poesia (Selo Candeeiro)
ISBN: 978-85-5833-020-6 | ANO: 2016
FORMATO: 14X21
PÁGINAS: 108 | Pólen Bold 90gr
Sinopse: Abrindo sua obra poética com a poesia “Desejo” a autora introduz sua tese de “veias em versos” ao entregar ao coração a tarefa de pulsar a poesia desejada, sendo que para a autora a veia é a própria poesia, pois é por ela que as palavras fluem alimentando o restante do corpo com sua substância vital, “queria escrever uma poesia tão linda / que só o coração ousaria pulsá-la / poesia fluindo na veia da palavra: vermelha, profunda, dilatada”. A autora escolheu para compor a sonoridade de seus poemas, rimas que pudessem se intercalar entre a obra, de maneira que nem todas as palavras se fechem em um círculo métrico, ritmado, mas de forma tal que entre uma imagem e outra, expandindo-se pelas ideias da prosa, as rimas pudessem aparecer de vez em quando para fechar seus versos com certo charme, como em “minha língua, / minha lâmina, / meu desejo, / No marfim da sua nuca: / esse elegante desterro”. A autora que fala sobre o processo de escrita, explora a temática do amor como veia que pulsa transmitindo vida ao interior dos seres, “ter sede da sua boca, / ter fome do seu olhar, / desejos que se compara à necessidade do ar”, ou nos trechos do poema “Entrega”, “no laço do teu abraço/ me amarro. / Prendo-me no ato / em desacato”. O relacionamento amoroso, ainda que não relate uma história vivida entre dois amantes, aparece como peça a ser estudada, analisada sobre as comparações das palavras, sempre descobrindo uma nova maneira de se olhar para este mesmo sentimento de amor. A autora utiliza a linguagem da prosa, no poema “A linha do trem” para contar a história de seu pai, como se o assunto pedisse a estrutura da argumentação para que assim pudesse salientar as diversas especificidades necessárias ao entendimento da personalidade de seu querido. Neste ritmo gostoso, de uma sonoridade alternada, com imagens que se modificam florindo sobre mesmos temas, pelo uso da criatividade, a autora Goimar Dantas escreve seu “veias em versos” convidando o leitor a lê-la, como nos próprios versos “finja que sou livro / e vem me folhear. / Molhe, de leve, os dedos / e vire as minhas páginas / com todo o cuidado.”