Livro
Autora: Juliana Ben
GÊNERO: Poesia (Selo Candeeiro)
ISBN: 978-85-5833-309-2 | ANO: 2018
FORMATO: 14X21
PÁGINAS: 62 | Pólen Bold 90gr
SINOPSE: A primeira parte de Preia-mar carrega uma agilidade que não se deixa desvalorizar-se por sua brevidade, ao contrário, as temáticas apresentadas, com seus temas modernos, ganham charme justamente pela brusquidão com que temas de morte, temas de amor, de espera, chegam nos trechos fluídos e ágeis. Juliana Ben fala das cidades, personificando as ruas pavimentadas com sentimentos, dando corpo humano a estradas que pulsam histórias, que guardam como órgãos humanos, casas, tragédias, como se o todo vivo contido no frívolo cinza do cimento dos prédios, formassem uma entidade viva, esta coisa chamada cidade, tão igual mesmo internacionalizada, Nova York, Pequim, São Paulo. Sempre cidades. A autora deseja despertar um olhar para os detalhes do cotidiano, além de associar o movimento de cheia da Preia-Mar com a perenidade das coisas, os desafios, as tristezas, as felicidades, passam com a fugacidade do tempo, no entanto, como eterno-retorno, as emoções e as adversidades voltam inseridas em novos contextos. Nesta passagem, aquilo que antes era antigo e conhecido surge entre novas maneiras de se sentir e se relacionar, os ancestrais dilemas de sofrer, se felicitar retornam, agora sujeitos a dominação do homem, que por sua vez também se modificou. Preia-Mar embora falando da movimentação das coisas que se entrelaçam com a perenidade do tempo, direciona o olhar do leitor para algo que se conserva solidamente entre estas tantas coisas passageiras, algo que vai se formando e se enraizamento, sólida como o afeto. A maturidade do homem ganha formas que transcendem os sentidos, a tangibilidade e rotulação, e juntamente a esta jornada repleta de mudanças, surge algo de imperecível, uma essência que se fortalece como resultado da evolução.