Livro
Autor: Luiz Claudio Tonchis
GÊNERO: Poesias (Selo Candeeiro)
ISBN: 978-85-5833-303-0 | ANO: 2018
FORMATO: 14X21
PÁGINAS: 84 | Pólen Bold 90gr
Sinopse: Pensar em “Pontilhismo de Solidão” é entender a importância do outro. A poesia de Luiz faz-se conduzida pelo sentimento de saudade frente os rastros e reminiscências deste distinto amado. Já na abertura da obra, em “Variações do vermelho” a figura do outro é remorada pelas marcas na taça de vinho; o sentimento de solidão marca-se mais profundamente frente os indícios físicos que ficaram das figuras que se foram, e como resultado, cada marca, cada objeto, juntam-se formando um pontilhismo, que torna ainda mais nítido a solidão do Eu Lírico. Nem sempre este “Outro” é a figura do amante, mas também tudo que é externo e que existi enquanto ente físico que parte, em o “O rastro da serpente” o autor descreve a passagem do animal serpente com cânticos ritmos que imitam os embalos da movimentação do animal, “rastejou entre fissuras, / urdidas, / vísceras flamejantes da terra arada / enrolou em si mesma, ocultou o próprio rabo / e o devorou”, no entanto, a serpente, que pode até mesmo ser interpretada metaforicamente como o passado, como o “Outro” que se vai, segue também para a partida, “deixando o seu rastro profundo em curvas sinuosas”. Os conjuntos de versos formam uma coleção de letras, semântica, metáforas, que constroem pela transmutação da palavra, o corpo do “Eu. Poemas como “Desmanche”, ou “(Des)compasso”, seguem as tendências deste “Pontilhismo de Solidão” de modo que cada poema, amarra-se junto ao outro terminando por formular algo de definível. Como resultado dos vários sentimentos, rimas, memórias e poesias o escritor tece com as palavras aquilo que não poderia expressar de forma abrupta, mas apenas, consegue exteriorizar, formando um pontilhismo: este algo é a solidão, que embora não pudesse ser encarada e assumida de imediato, levemente se desprende no descarrego das memórias.