Livro
Autor: Fernando Maroja
GÊNERO: Poesia (Selo Candeeiro)
ISBN: 978-85-5833-240-8 | ANO: 2017
FORMATO: 14X21
PÁGINAS: 82 | Pólen Soft 80gr
Sinopse: Em “O Escravo Do Vazio” as alegorias para areia e deserto aparecem enfaticamente. Assim como a liberdade, a ausência de pensamentos, de preocupações, de ambições, é associada a essência de não manipulável, e não dominável da areia, sempre livre. A figura de cavalos, que com o peso de seus corpos atropelam as coisas e os seres, são associados com a fácil manipulação do homem pelas forças do Estado. O autor afirma que o homem é uma peça no jogo de tabuleiro da vida. O deserto aparecerá na poesia de Fernando Maroja, como lugar ideal para se estar, com a associação desta paisagem a figura do silêncio, Maroja diz que para elevar-se contra as intempéries da vida, o homem não deve refugiar-se nos lugares comuns, como o céu negro, pois este mesmo céu aprisiona as estrelas, diferente do deserto, composto por grãos numerosos de areia, que é plena quietude. Para esclarecer seus pensamentos, o belíssimo poema “Tu Eras Estrela” traz o homem personificado como uma estrela, a qual está presa nas mãos carcerárias do céu, no entanto, em algum momento da existência o ser humano deixa sua condição de corpo celeste aprisionado, para ser livre como uma areia, “um dia tu fugiste para ser areia”. No poema que dá título a obra, “O Escravo Do Vazio”, o autor fala novamente da sublime liberdade alcançada na fluidez da areia. Na amplidão silenciosa do deserto os cavalos, com toda a sua força, não podem se repousarem em aconchego, porque o autoritarismo, as regras, as convenções, são condições mentais opostas as encontradas na nulidade tranquilizadora de apenas ser juntamente com o fluxo da existência.